Seminário encerra projeto de apoio ao agroextrativismo e aos povos tradicionais

23 de November de 2018

Paulo de Araújo, Ministério do Meio Ambiente

Ao longo de quase 10 anos, o projeto "Apoio ao Agroextrativismo e aos Povos e Comunidades Tradicionais", desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o PNUD, subsidiou a formulação e a implementação de diversas políticas públicas que têm colaborado para melhorar da qualidade de vida de indígenas, quilombolas e extrativistas, fortalecendo a produção sustentável e a gestão territorial e ambiental.

Para marcar o encerramento do projeto, um seminário em Brasília, em 21 e 22 de novembro, discutiu o impacto das ações da iniciativa, bem como apresentou resultados e identificou agendas e estratégias para o futuro, tendo em vista a conservação do meio ambiente. Durante o seminário, os debates foram divididos em dois eixos, que levaram em conta as experiências práticas realizadas em campo: políticas de gestão ambiental e territorial e políticas públicas voltadas para a promoção da sociobiodiversidade.

Desde seu início, em janeiro de 2009, o projeto forneceu importantes insumos para o desenvolvimento e o fortalecimento de várias cadeias produtivas da sociobiodiversidade, como a castanha do Brasil, o babaçu, o açaí e o pequi. Além disso, por meio de diversas ações, contribuiu de forma relevante para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais em todos os biomas brasileiros, preservando os modos de vida tradicionais, a valorização das culturas e a utilização sustentável dos recursos naturais.

Na abertura do seminário, o  diretor de país do PNUD, Didier Trebucq, afirmou que o projeto contribuiu e vai seguir contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma vez que a iniciativa ajudou a promover a sociobiodiversidade, por meio da abordagem da sustentabilidade na geração de renda. "Chegamos a ter interações em mais de 300 municípios para gerar renda e para assegurar a sustentabilidade, ou seja, para melhorar completamente a vida das pessoas. E isso também tem a ver com os ODS e com não deixar ninguém para trás. Essa iniciativa deixa um marco de políticas públicas que permitem verdadeiramente criar uma mudança e engajar vários setores da sociedade", avaliou Trebucq aos participantes.

Também estiveram presentes na abertura do evento a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Juliana Simões; a secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Lilian Rahal; o coordenador-geral de Agro-biodiversidade da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento, Marco Pavarino; e representantes de comunidades quilombolas, povos indígenas e comunidades extrativistas.