Viva Voluntário, UNV e PNUD reforçam importância do voluntariado para a Agenda 2030

Em Sessão Especial, Conselho Gestor do Viva Voluntário reúne-se com coordenador executivo do UNV para troca de experiências nacionais e internacionais

6 de March de 2018

O coordenador executivo do Programa de Voluntariado das Nações Unidas (UNV), Olivier Adam, compartilha experiências sobre voluntariado com o Conselho Gestor do Programa Viva Voluntário. Foto: Gabriela Borelli/ PNUD Brasil

O Conselho Gestor do Programa Viva Voluntário reuniu-se hoje, em sessão especial, com o coordenador executivo do Programa de Voluntariado das Nações Unidas (UNV), Olivier Adam, na Casa da ONU, em Brasília. A proposta da sessão foi compartilhar ações e estratégias de voluntariado nos âmbitos nacional e internacional.

A chefe da Assessoria Especial da Casa Civil, Martha Seillier, destacou a importância do encontro para a “troca de experiências ao analisar como os programas de voluntariado funcionam em outros países”. Seillier também ressaltou a importância da reunião para entender melhor a atuação do UNV e como uma parceria com o Viva Voluntário poderá ajudar nas ações do programa.

O coordenador executivo do UNV, Olivier Adam, reforçou a importância do programa de voluntários da ONU e do PNUD para o fortalecimento de programas nacionais e a necessidade de “um plano de ação com parcerias sólidas para alavancar conhecimento e as capacidades da população no âmbito nacional, regional e internacional”.

"O voluntariado é importante para a promoção do desenvolvimento e para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Agenda 2030 convoca todas e a todos para colaborarem diretamente com a construção de um planeta mais justo, com menos pobreza, com crescimento econômico e com sustentabilidade para as próximas gerações”, afirmou o diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq, na abertura da sessão especial.

Durante a reunião, membros do Conselho Gestor do programa nacional tiveram a oportunidade de compartilhar desafios de sua atuação, como a legislação limitada, a dificuldade de construir uma rede fortificada e o ainda insuficiente comprometimento de algumas instituições com os voluntários.

De acordo com a coordenadora da Unidade de Paz, do PNUD, Moema Freire, “o Viva Voluntário tem também como objetivo elaborar e aprovar o código de ética do voluntariado e das instituições responsáveis pelas atividades voluntárias e apoiar estudos e pesquisas sobre o voluntariado no país para a produção de uma base de dados”.

Olivier Adam destacou outros desafios para o voluntariado em todo o mundo, como o entrave das desigualdades sociais para um trabalho efetivo. "O voluntariado não é sempre inclusivo, e é necessário que ele desafie as barreiras da desigualdade social, em vez de alargá-las. Queremos que os próximos programas de voluntariado sigam nessa linha para que, em cinco anos, a discussão seja sobre como esses sistemas ajudaram."

“É uma satisfação para o PNUD poder reunir diversos segmentos que buscam trabalhar pela construção de uma agenda positiva rumo ao fortalecimento do voluntariado e ao desenvolvimento do país”, afirmou o diretor de país do PNUD Brasil.
O UNV foi criado pela Assembleia Geral da ONU em 1970 como um órgão subsidiário das Nações Unidas para funcionar como um programa operacional na cooperação para o desenvolvimento. Administrado pelo PNUD, o programa promove o voluntariado para a paz e o desenvolvimento. No Brasil, o UNV atua desde 1998.

Com o objetivo de estimular ainda mais o voluntariado no Brasil, o Governo Federal lançou em 2017, com apoio do PNUD, o Programa Nacional de Voluntariado – Viva Voluntário.  O foco do programa é o fortalecimento do voluntariado no Brasil por meio do engajamento e da participação cidadã a partir da conjunção de esforços do governo, da sociedade civil e das empresas, e está alinhado com o estímulo à participação da sociedade na implementação da Agenda 2030 e do trabalho rumo ao alcance dos Objetivos de esenvolvimento Sustentável (ODS).