Prêmio Equatorial 2019 tem 22 ganhadores, entre eles dois grupos indígenas brasileiros

28 de June de 2019

Associação Indígena Kisêdjê

PNUD e parceiros anunciaram os ganhadores do 10º Prêmio Equatorial, reconhecendo 22 comunidades locais, entre elas indígenas, em todo o mundo. As organizações vencedoras, que apresentaram soluções inovadoras para enfrentar os desafios da mudança do clima, serão homenageadas em uma festa de comemoração em setembro deste ano, em Nova York.

Dois grupos indígenas brasileiros foram laureados nesta edição do prêmio: a Associação Indígena Kisêdjê, de Mato Grosso, e o Conselho Indígena de Roraima. Os outros vencedores estão em Benim, Camarões, Equador, Índia, Indonésia, Quênia, Micronésia, Nigéria, Paquistão, Peru, Tanzânia e Vanuatu. Além disso, essa é a primeira vez que também são premiados grupos da Guiné-Bissau, bem como comunidades indígenas da Austrália e dos Estado Unidos.

"Todos os dias, milhares de comunidades locais e populações indígenas ao redor do mundo estão implementando, discretamente, soluções inovadoras baseadas na natureza a fim de mitigar a mudança global do clima e adaptarem-se a ela. O Prêmio Equatorial é tanto um reconhecimento de ideias excepcionais quanto uma forma de demonstrar o poder das pessoas e das comunidades de base em trazer uma mudança real", afirmou o Administrador do PNUD, Achim Steiner.

Reconhecimento

Os vencedores foram selecionados em um conjunto de 847 indicações, em mais de 127 países, por um Comitê Consultivo Técnico de especialistas internacionais. O processo de seleção, com quatro estágios, enfatizou abordagens comunitárias que fornecem um modelo de soluções replicáveis que promovam resiliência ambiental e social por meio,  dentre outras formas,  do empreendedorimo ou da conservação da variedade de culturas agrícolas tradicionais.

Os ganhadores receberão US$ 10.000 (dez mil dólares americanos) e a oportunidade de participar, durante uma semana, por meio de dois representantes, de uma cúpula da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Eles ainda serão celebrados na cerimônia de premiação em 24 de setembro próximo, no teatro Town Hall, em Manhattan, com a presença de celebridades, governos e oficiais da ONU, da sociedade civil e dos meios de comunicação. Esses grupos farão parte de uma rede de 223 comunidades de 78 países que receberam o prêmio desde sua criação, em 2002.

O Prêmio Equatorial é apoiado pelos ex-chefes de Estado Gro Harlem Brundtland, da Noruega, e Oscar Arias, da Costa Rica; os ganhadores do prêmio Nobel Al Gore e Elinor Ostrom; os líderes Jane Gooddall e Jeffrey Sachs; a líder indígena Vicky Tauli-Corpuz; os filantropos Richard Branson e Ted Turner; e as celebridades Edward Norton, Alec Baldwin, Gisele Bündchen, entre outros. Dentre os parceiros da Iniciativa Equatorial, estão os governos da Alemanha, Suécia e Noruega, assim como a Conservação Internacional, a Convenção sobre Diversidade Biológica, EcoAgriculture Partners, Universidade Fordham, União Internacional para a Conservação da Natureza, The Nature Conservancy, PCI Media Impact, Rainforest Foundation Norway, Rare, ONU Meio Ambiente, PNUD, UN Foundation, USAID, WWF, e a Wildlife Conservation Society.

Vencedores brasileiros

Associação Indígena Kisêdjê, Brasil: O grupo transformou o status quo recuperando suas terras tradicionais e desenvolvendo um modelo empreendedor inovador que usa as árvores de pequi nativas para recuperar a paisagem, além de promover segurança alimentar e desenvolver produtos para mercados locais e nacionais.

Conselho Indígena de Roraima, Brasil: Essa aliança indígena promove a resiliência ecológica e social por meio da conservação da variedade de culturas agrícolas tradicionais, garantindo direitos em 1,7 milhões de hectares de terras tradicionais para 55 mil indígenas.

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