Agências da ONU lançam relatório com indicadores para orientar recuperação pós-pandemia e fortalecer desenvolvimento sustentável

29 de September de 2021

Em evento online nesta quarta-feira (29), PNUD, UNESCO, UNICEF e OPAS/OMS apresentaram o relatório “COVID-19 e Desenvolvimento Sustentável: avaliando a crise de olho na recuperação”. O documento é um chamado para ação e resposta à pior crise sistêmica vivida no planeta desde a criação das Nações Unidas. Ele destaca indicadores para medidas de recuperação socioeconômica, proteção social e inclusão digital, como forma de inserir o país em uma rota de desenvolvimento inclusiva e sustentável rumo ao cumprimento da Agenda 2030. O relatório pode ser acessado aqui.

Mediado pelo jornalista Valdo Cruz, o evento desta manhã contou com a participação das representantes das agências da ONU envolvidas na produção do relatório: Katyna Argueta (PNUD), Marlova Noleto (UNESCO), Florence Bauer (UNICEF) e Socorro Gross (OPAS/OMS). Também fizeram parte dos painéis de debate os especialistas Cimar Azeredo Pereira (IBGE), Carlos Gadelha (Fiocruz), Sérgio Besserman (PUC-Rio), Ricardo Henriques (Instituto Unibanco) e Romualdo Portela (Cenpec). O registro do evento pode ser acessado aqui.

O relatório fez uma radiografia do Brasil por estado quanto ao grau de preparo e vulnerabilidade no enfrentamento da COVID-19 e sistematizou dados obtidos em diferentes fontes de informações – além do PNUD e do UNICEF, dos ministérios da Saúde, da Educação, dos Direitos Humanos e das Comunicações, do IBGE e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outros. O ano escolhido para a linha de corte temporal foi 2019, trazendo as principais desigualdades que emergiam antes da pandemia em crianças e adolescentes, na educação, nas questões de gênero, nos sistemas públicos de saúde e no acesso às tecnologias.

De acordo com o documento, a busca por um pacto federativo efetivo deve ser uma prioridade. O material destaca ainda a necessidade de mecanismos mais eficientes de governança e de cooperação entre o setor público e o setor privado, com o objetivo de garantir oportunidades de recuperação econômica, direito a educação, saúde, proteção contra a violência, assim como proteção social na infância, adolescência, vida adulta e para pessoas idosas, além de universalização no acesso à internet, para diminuir o abismo tecnológico entre pessoas e regiões. A ideia central está em buscar acompanhar as esperadas perdas que a pandemia trará ao desenvolvimento, somado ao já desafiador quadro do desenvolvimento no país e nos estados, e orientar o conjunto de ações de recuperação, não perdendo o foco na Agenda 2030, que tem como bússola os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.